Desprazer

Que desprazer!
Desprazer de tudo fazer
O que faço, desfaço
O que construo, desconstruo
Nada mais do que este cansaço.
Ah, poder ser tudo e não ser nada!
Desfaço-me, desconstruo-me
Vivo e desvivo
Sou eu ou sou nada?
Ser eu sem ser nada
É viver apagada

Filipa Fidalgo 2015

Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos.

Padre António Vieira