Não regresses
Não te quererei
Se um dia foste tudo
O que sempre sonhei.
Dei-te o meu mundo
E por ti me deixei
Perdida no fundo
Que ainda não encontrei.
A saudade que tinha
já não me amanhece.
E a dor que se avizinha
Tão pouco me estremece.
Naquela hora tardia
Fomos os dois
Mais uma doce mentira
num carro de bois*.
*referência ao poema “Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois” de Alberto Caeiro
Filipa Fidalgo, 04 de setembro de 2023